Curso aborda racismo em Bataguassu e marca data simbólica para eliminação da discriminação racial

Por

Bianca

|

22/03/2024

13:38

Curso Letramento Racial 22
Foto Micael Nunes / Assecom Prefeitura de Bataguassu

A Prefeitura de Bataguassu, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio da Coordenadoria Municipal de Igualdade Racial recebeu como parte da programação da campanha de 21 dias de ativismo pela eliminação da discriminação racial celebrado internacionalmente e acompanhada pelo Estado de Mato Grosso do Sul o curso Letramento Racial, com o tema “Ações afirmativas e políticas públicas no município de Bataguassu”.

A capacitação foi realizada das 8 às 17 horas (horário de Brasília), no Anfiteatro da Prefeitura e contou com a presença de 40 participantes, entre eles, servidores públicos, representantes da sociedade civil e membros do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir).

Durante a abertura do curso, a coordenadora municipal de Igualdade Racial, Marilza Barros, agradeceu a presença de todos e comentou que a capacitação assim como outras já oferecidas pela Coordenadoria no município tem como objetivo oferecer um processo de reeducação racial por meio de um conjunto de práticas para desconstruir as formas de pensar e agir naturalizadas e normalizadas socialmente em relação a pessoas negras e pessoas não negras.

Marilza destacou, na oportunidade, avanços conquistados pela Coordenadoria, entre eles, a implantação da Banda Afrobata, projeto que atende crianças e adolescentes do município e que foi iniciado durante a gestão do prefeito Akira Otsubo (MDB).

A secretária municipal de Assistência Social, Suely Otsubo, no ato, representando o prefeito Akira, que não pode comparecer ao evento devido agenda em Brasília (DF), disse que a administração municipal está empenhada em promover a conscientização e o diálogo sobre as formas de discriminação ainda presente em nosso cotidiano. “Todos nós somos iguais. É importante debatermos essa temática”, disse Suely.

A subsecretária estadual de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, Vania Lúcia Baptista Duarte ressaltou em sua fala a necessidade de abordar a questão da discriminação racial de maneira direta e frisou a importância das campanhas para informar e prevenir atos discriminatórios.

“Iniciamos os 21 dias de ativismo em 1º de março para abordarmos o combate e o enfrentamento a discriminação racial. Estivemos em alguns municípios do Estado a exemplo daqui de Bataguassu com essa discussão sobre o racismo, letramento racial e atuar para que seja efetivada a aplicação da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio, enfim, promovermos uma reflexão sobre o negro na sociedade brasileira”.

Após os pronunciamentos, foram desenvolvidas palestras e momentos de discussões abordando questões relacionadas ao poder das palavras e atitudes na perpetuação da discriminação racial e religiosa. O curso teve carga horária de 8 horas e oferecimento de certificado de participação.

Integrantes da Banda Afrobata, projeto instituído pela Coordenadoria Municipal de Igualdade Racial também estiveram presente e promoveram um momento cultural durante o evento. 

A acadêmica de Pedagogia, Giovana Carolina Alves, considerou o curso um importante complemento pedagógico que vai contribuir com a sua formação docente. “Na faculdade, nós já debatemos sobre o tema das implementações didáticas envolvendo o respeito ao próximo, sobre abraçar a diversidade. Sobre o letramento racial, era um assunto que eu ainda não tinha conhecimento. O curso foi uma oportunidade para aprender os conceitos abordados e adquirir conhecimento como o que foi exposto na capacitação”.

O curso fez com que a participante Maria Aparecida Mateine percebesse que o racismo está enraizado em nosso cotidiano mesmo que inconscientemente.

“Propagamos a cultura racista por meio do uso de piadinhas, frases prontas que envolvem os negros, tudo isso em nossa cultura já faz com que estejamos discriminando os negros. Não podemos esquecer o quão importante e significativa é a cultura afro em nosso país e preciso conhecer para valorizar. Esse conhecimento deve ser introduzido desde a educação infantil, pois só defendemos e valorizamos aquilo que conhecemos, afinal somos todos iguais em nossas diferenças”, ressaltou. 

Estiveram presentes a técnica da Subsecretaria Estadual de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, Irinéia Césario; a coordenadora municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Loti Alves Meira; e a coordenadora do Cras II do Distrito de Nova Porto XV, Izabella Hay Mussi.

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